Boas festas!
Minha mensagem de Natal é um texto repassado por uma amiga, a Suzana, que me enviou pelo WhatsApp. Não conheço a autora, mas gostei do texto.
Boas festas!
“A origem dos símbolos do Natal
Uma toalha vermelha com sinos bordados nas laterais estendidas sobre a mesa marcava o início das comemorações de Natal. Para minha avó, que ficou órfã aos 6 anos de idade, ter toda a família reunida em sua casa trazia um significado especial. Queríamos ajudar com os preparativos, mas ela insistia que estava tudo tranquilo apesar do alvoroço: pernil sendo assado, minipães de batata esperavam o momento certo de serem levados para a mesa, salpicão sendo finalizado com batata-palha, nozes com casca espalhadas pela casa e todos procurando pelo quebra-nozes que se perdia a todo instante. Vovô era o primeiro a se sentar e adorava abrir o queijo do reino que vinha em uma lata vermelha - linda, diga-se de passagem. Algum parente ligava e quem estava mais perto do telefone, atendia. Só escutávamos respostas curtas: “Tudo em dobro pra vocês!”, “Deus abençoe!”. A ligação durava pouco. “Era Fulana!” avisava-se à todos, repassando os desejos de boas festas. Os netos arrumavam o presépio esperando o relógio marcar meia-noite para a chegada do Papai Noel. Sempre me intrigou a imensa sorte que tínhamos dele passar exatamente nesse horário na casa da minha avó… Memórias de infância são deliciosas!
O tempo vai passando e com ele parte da magia. Lembro da minha decepção ao entender que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Provavelmente tenha sido em abril, dizem as análises mais aprofundadas dos fatos. A escolha da data foi ratificada no século IV, com a consolidação da Igreja Católica em Roma. Como não se sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, essa foi uma forma de cristianizar as festas romanas, dando-lhes uma nova simbologia. Aliás, a festa de Natal tem suas raízes em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno. Eles cultuavam o Deus Sol e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação. Outros povos da antiguidade também celebravam a data, seja pela chegada do inverno ou pela passagem do tempo.
Com o Natal surgiram vários sinais representativos dessa comemoração festiva, cada qual com um significado distinto e com origem pagã ou religiosa. O presépio surgiu no século XIII, na Itália, em uma tentativa de São Francisco de recriar a cena do nascimento de Jesus para explicar ao povo como teria acontecido. Depois, cada vez mais a montagem do presépio tornou-se uma tradição forte e passou a ser montado nas casas, nas igrejas e em diversos locais durante o ciclo do Natal.
O presépio simboliza a união do divino com o terreno, afinal reúne pessoas, animais e a figura de Deus. Ainda no campo religioso, anjos usados na decoração do Natal remetem a São Gabriel, o arcanjo que anunciou à Maria que ela seria mãe de Jesus.
Os três reis magos foram à procura de Jesus para adorá-lo e levar-lhe presentes. Essa tradição religiosa também inspira o costume de troca de presentes no Natal, embora hoje o comércio tenha dado novos significados a essa prática. Já as estrelas no topo das árvores de Natal são o sinal seguido pelos reis magos para encontrar o lugar onde Jesus tinha nascido.
O costume de decorar árvores vem de tradições antigas europeias e ganhou força na Alemanha Medieval. Lá, as pessoas montavam a "árvore do Paraíso", inspirada no Jardim do Éden, e a enfeitavam com maçãs e frutas. Mais tarde, outros enfeites foram adicionados. Martinho Lutero, no século XVI, foi um dos primeiros a usar velas para iluminar a árvore. Com o tempo, essas tradições deram origem às árvores de Natal que conhecemos hoje. Como o Natal acontece no inverno europeu, o pinheiro é a árvore mais usada nessa celebração por resistir ao frio, simbolizando esperança e paz, assim como Jesus para os cristãos.
Se a árvore é o símbolo mais emblemático, o Papai Noel é o personagem mais conhecido da festa. Sua figura é inspirada em São Nicolau, um bispo turco que viveu na antiguidade. Ele teria ajudado um homem miserável, pai de três filhas, que não tinha condições de sustentá-las e pagar o dote de seus casamentos. Para ajudá-lo, às escondidas, Nicolau doou sacos com moedas para o homem necessitado. Esse feito popularizou o bispo, e fez com que ele passasse a representar a generosidade associada à época natalina. Com o tempo, e através de escritores como Washington Irving (1783–1850) e campanhas publicitárias, a figura de São Nicolau ganhou novas características e deu lugar ao Papai Noel como hoje conhecemos. Em vez de moedas, o bom velhinho deixa presentes às crianças que se portam bem ao longo do ano.
A ceia também tem origens em festas antigas e medievais da Europa. Ela está ligada à celebração do solstício de inverno e da Saturnália, um importante festival romano celebrado em dezembro. Ela simboliza a união e a confraternização das famílias.
Embalados por esses símbolos, preparem a trilha sonora para este Natal. “Noite Feliz” não pode faltar! Escrita pelo sacerdote austríaco Joseph Mohr que diante do órgão estragado de sua paróquia, decidiu compor um canto simples que poderia ser interpretado no violão na Missa do Galo. Bem, toda esta descomplicação a tornou a música natalina mais popular e traduzida em 330 idiomas!
Desejo uma semana de preparativos e mergulhada na magia do Natal. Por aqui, estamos todos concentrados para entregar nosso melhor para sua família através das encomendas! E se você ainda precisa resolver os últimos presentes, podemos te ajudar com caixas de antepastos, azeites e vinhos! Ahhhh… que coisa boa essa preparação!
Com carinho,
Carol”