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As delícias do ócio criativo

As delícias do ócio criativo

14.01.25

Mais do mesmo

Foureaux

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Comecei o ano com uma postagem sobre Literatura. Não adianta, a preguiça não desgruda. Já na segunda postagem de 25, vai uma cópia. Talvez cópia da cópia para alguém que já conhece o texto. Gostei. Já conhecia outro, parecido. É dessas curiosidades que a gente vê e cinco minutos depois se esquece. Mal não faz...

“CARTA COM NOMES DE CIDADES MINEIRAS!

Querida MARIANA, nesta VIÇOSA manhã, escrevo-lhe para dizer que nossa prima LEOPOLDINA, ESPERA FELIZ, seu primeiro filho, que se for homem chamará ASTOLFO DUTRA e JANUÀRIA se for mulher, enquanto ela aguarda seu rebento, lava roupa tranquilamente nas BICAS existentes em um RIO NOVO que passa pelas terras de DONA EUZÉBIA, naquele LARANJAL, perto de CAPELA NOVA, onde na hora do RECREIO, a meninada sobre a PONTE NOVA pesca LAMBARI e PIAU neste BELO HORIZONTE, nos verdes PRADOS de nossa terra, neste ambiente FORMOSO, contemplo também pela madrugada a ESTRELA D'ALVA, vou lhe dar uma grande notícia, perto de ENGENHO NOVO, naqueles buracos cheio de FORMIGA, um empregado nosso descobriu OURO BRANCO e OURO PRETO, portanto será uma NOVA ERA e uma BOA ESPERANÇA para todos nós, depois desta CONTAGEM de fatos de nossa família falarei de nossa cidade, chegou aqui um JUIZ DE FORA, mas o CONSELHEIRO LAFAIETE pediu ao GOVERNADOR VALADARES, para interceder junto ao PRESIDENTE BERNARDES para efetivar naquele cargo o SENADOR FIRMINO, que muito fez por nós quando por ele foi DESCOBERTO juntamente com o CORONEL PACHECO, a famosa LAGOA SANTA, depois daquela VOLTA GRANDE da fazenda POUSO ALEGRE, amanhã vou apanhar meu primo para irmos à praia em MAR DE ESPANHA, depois iremos a um baile da banda opus 6 no clube cravo vermelho em SABARÁ

Sem mais para o momento

MATIAS BARBOSA”

(Desconheço a autoria)

28.10.24

Estilo

Foureaux

baixados.jfif

E la nave va... Adoro esta expressão italiana, título de um filme pra lá de esquisito do Federico Fellini (1983). Em Portugal chamou-se O navio (mais apropriado, eu diria... ainda que em Português do Brasil não perca o senso. Esta é mais uma de suas chatices, para quem ainda não percebeu...). Tudo no filme parece falso, é inusitado, e os desempenhos são pra lá de... esquisitos. Ai que preguiça de procurar outra palavra. De um jeito ou de outro gostei do filme. Tanto quanto gostei da postagem que aqui faço hoje. Ando numa maré de pensar e repensar. Tenho todo o tempo do mundo – blague paupérrima de um poeta que faz sucesso por aí (pasmem... um poeta! Sucesso!... Bah!) O texto da postagem é um exercício de estilo, ainda que muitos hão de torcer o nariz para tal desfaçatez (de minha parte). Não importa. É menos um dia sem fazer nenhuma postagem... O tempo foge...

Um escritor me disse.

PROPAROXÍTONAS

Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto.

As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico.

Estão para as outras palavras assim como os mamíferos para os artrópodes.

As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às célebres.

Se o idioma fosse um espetáculo, permaneceriam longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo.

Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica!

Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito.

É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo.

O inclinado e o íngreme.

O irregular e o áspero.

O grosso e o ríspido.

O brejo e o pântano.

O quieto e o tímido.

Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice.

Uma coisa é estar no topo – outra, no ápice.

Uma coisa é ser fedido – outra é ser fétido.

É fácil ser valente, mas é árduo ser intrépido.

Ser artesão não é nada, perto de ser artífice.

Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.

(Este último parágrafo contém algo raríssimo: proparoxítonas que rimam. Porque elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da gramática.)

Quer causar um impacto insólito? Elogie com proparoxítonas.

É como se o elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo.

O sujeito pode ser bom, competente, talentoso, inventivo – mas não há nada como ser considerado ótimo, magnífico, esplêndido.

Da mesma forma, errar é humano. Épico mesmo é cometer um equívoco.

Escapar sem maiores traumas é escapar ileso – tem que ter classe pra escapar incólume.

O que você não conhece é só desconhecido. O que você não tem a mínima ideia do que seja – aí já é uma incógnita.

Ao centro qualquer um chega – poucos chegam ao âmago.

O desejo de ser uma proparoxítona é tão atávico que mesmo os vocábulos mais básicos têm o privilégio (efêmero) de pertencer a esse círculo do vernáculo – e são chamados de oxítonos e paroxítonos. Não é o cúmulo?

(EDUARDO AFFONSO, arquiteto, escritor e colunista do jornal "O Globo" (publicado em 2020 – Leituras Livres)

14.10.24

Passatempo

Foureaux

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A postagem de hoje traz um texto já conhecido (que não é de minha autoria – e não sei dizer de quem seja...) por muita gente. Não importa. Na aridez de ideias que me assola, compartilho assim mesmo. Já o fiz, tenho quase certeza. No entanto, a inventividade do dito cujo me atiça... E eu não resisti!

APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISTO...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. Parto, porém, penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: “Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Por que pintas porcarias? Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.” Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém, prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando... Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar, preciso pensar. Pensei. Portanto, parei. PRONTO...

E você ainda se acha o máximo quando consegue dizer: "O rato roeu a rolha da garrafa de rum do rei da Rússia?

22.08.24

Bacana

Foureaux

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Em tempos de falta de criatividade, este texto me parece um pequeno oásis. Pode ser que já fosse conhecido. Eu não o conhecia. Recebi-o e não sei quem o escreveu por primeiro. Como dizemos franceses: profitez!

20 DICAS PARA ESCREVER BEM:

  1. Evite repetir a mesma palavra, porque essa palavra vai se tornar uma palavra repetitiva e, assim, a repetição da palavra fará com que a palavra repetida diminua o valor do texto em que a palavra se encontre repetida!
  2. Fuja ao máx. da utiliz. de abrev., pq elas tb empobrecem qquer. txt ou mensag. que vc. escrev.
  3. Remember: Estrangeirismos never! Eles estão out! Já a palavra da língua portuguesa é very nice! Ok?
  4. Você nunca deve estar usando o gerúndio! Porque, assim, vai estar deixando o texto desagradável para quem vai estar lendo o que você vai estar escrevendo. Por isso, deve estar prestando atenção, pois, caso contrário, quem vai estar recebendo a mensagem vai estar comentando que esse seu jeito de estar redigindo vai estar irritando todas as pessoas que vão estar lendo!
  5. Não apele pra gíria, mano, ainda que pareça tipo assim, legal, da hora, sacou? Então joia. Valeu!
  6. Abstraia-se, peremptoriamente, de grafar terminologias vernaculares classicizantes, pinçadas em alfarrábios de priscas eras e eivadas de preciosismos anacrônicos e esdrúxulos, inconciliáveis com o escopo colimado por qualquer escriba ou amanuense.
  7. Jamais abuse de citações. Como alguém já disse: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”. E “Todo aquele que cita os outros não tem ideias próprias”!
  8. Lembre-se: o uso de parêntese (ainda que pareça ser necessário) prejudica a compreensão do texto (acaba truncando seu sentido) e (quase sempre) alonga desnecessariamente a frase.
  9. Frases lacônicas, com apenas uma palavra? NUNCA!
  10. Não use redundâncias, ou pleonasmos ou tautologias na redação. Isso significa que sua redação não precisa dizer a mesmíssima coisa de formas diferentes, ou seja, não deve repetir o mesmo argumento mais de uma vez. Isso que quer dizer, em outras palavras, que não se deve repetir a ideia que já foi transmitida anteriormente por palavras iguais, semelhantes ou equivalentes.
  11. A hortografia meresse muinta atensão! Preciza ser corrijida ezatamente para não firir a lingúa portuguêza!
  12. Não abuse das exclamações! Nunca!!! Jamais!!! Seu texto ficará intragável!!! Não se esqueça!!!
  13. Evitar-se-á sempre a mesóclise. Daqui para frente, pôr-se-á cada dia mais na memória: “Mesóclise: evitá-la-ei”! Exclui-la-ei! Abominá-la-ei!”
  14. Muita atenção para evitar a repetição de terminação que dê a sensação de poetização! Rima na prosa não se entrosa: é coisa desastrosa, além de horrorosa!
  15. Fuja de todas e quaisquer generalizações. Na totalidade dos casos, todas as pessoas que generalizam, sem absolutamente qualquer exceção, criam situações de confusão total e geral.
  16. A voz passiva deve ser evitada, para que a frase não seja passada de maneira não destacada junto ao público para o qual ela vai ser transmitida.
  17. Seja específico: deixe o assunto mais ou menos definido, quase sem dúvida e até onde for possível, com umas poucas oscilações de posicionamento.
  18. Como já repeti um milhão de vezes: evite o exagero. Ele prejudica a compreensão de todo o mundo!
  19. Por fim, Lembre-se sempre: nunca deixe frases incompletas. Elas sempre dão margem a...
20.05.24

...

Foureaux

 


Recebi de uma amiga. Gostei e compartilho...

 

"Adoro reticências...

Aqueles três pontos intermitentes que insistem em dizer que nada está fechado, que nada acabou, que algo sempre está por vir! A vida se faz assim!

Nada pronto, nada definido.

Tudo sempre em construção.

Tudo ainda por se dizer...

Nascendo...

Brotando...

Sublimando...

Vivo assim...

Numa eterna reticência...

Para que colocar ponto final?

O que seria de nós sem a expectativa de continuação?"

11.05.24

Brincadeira

Foureaux

6d768b0e0f18883dba7f014e1a295d089cb19633.jpgAviso aos navegantes: não sei quem inventou isso. Logo, “vendo” o peixe pelo preço que “comprei”!

COMO FALAR SEM DIZER NADA

O que se vê abaixo é uma sequência de afirmações, em duas colunas, que permite a composição de vários períodos: basta combinar, em sequência, uma afirmação da primeira coluna, com uma da segunda (seguindo a mesma linha, ou “pulando” de uma para outra). O resultado sempre será um período correto, mas sem nenhum conteúdo. Experimente na próxima reunião e impressione o seu chefe!

Caros colegas, a execução deste projeto nos obriga à análise das nossas opções de desenvolvimento futuro.

 

 

Por outro lado, a complexidade dos estudos efetuados cumpre um papel essencial na formulação das nossas metas financeiras e administrativas.

 

 

 

Não podemos esquecer de que a atual estrutura de organização auxilia a preparação e a estruturação das atitudes e das atribuições da diretoria.

 

 

Do mesmo modo, o novo modelo estrutural aqui preconizado contribui para a correta determinação das novas proposições.

 

 

 

A experiência mostra que a consolidação das estruturas prejudica a percepção da importância das condições apropriadas para os negócios.

 

 

 

É fundamental ressaltar que a análise dos diversos resultados oferece uma boa oportunidade de verificação dos índices pretendidos.

 

A prática mostra que o desenvolvimento de formas distintas de atuação assume importantes posições na definição das opções básicas para o sucesso do programa.

 

 

Nunca é demais insistir que a constante divulgação das informações facilita a definição do nosso sistema de formação de quadros.

 

 

O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o início do programa de formação de atitudes acarreta um processo de reformulação

das formas de ação.

 

 

Assim mesmo, a expansão de nossa atividade exige precisão e definição dos conceitos de participação geral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

07.05.24

Um aniversário...

Foureaux

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Creio já ter publicado isso aqui. Pelo sim, pelo não, como gostei... publico de novo, ainda não conhecendo a autoria...

 

“100 anos da vírgula

Espectacular a campanha dos 100 anos da API (Associação Portuguesa de Imprensa)! 

A vírgula pode ser uma pausa... ou não:

Não, espere.

Não espere.

 

Ela pode fazer desaparecer o seu dinheiro:

€23,4.

€2,34.

 

Pode criar heróis:

Isso só, ele resolve! 

Isso, só ele resolve! 

 

Ela pode ser a solução:

Vamos perder, nada foi resolvido! 

Vamos perder nada, foi resolvido! 

 

A vírgula muda uma opinião:

Não quero saber! 

Não, quero saber! 

 

A vírgula pode condenar ou absolver:

Não tenha clemência!

Não, tenha clemência!

 

Uma vírgula muda tudo!

API: 100 anos a lutar para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

 

Considerações adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

  • ⁠⁠Se for mulher, certamente que colocou a vírgula depois de MULHER.
  • ⁠⁠Se for homem, certamente colocou a vírgula depois de TEM.

Moral da história: a vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos a pontuação! Pontue a sua vida com o que realmente importa. Isso faz toda a diferença! Partilhem esta mensagem como um presente da verdadeira Língua Portuguesa!”

30.04.24

Sem palavras

Foureaux

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O que significa “No frigir dos ovos”?  

“Não é à toa que os estrangeiros acham nossa língua muito difícil. Como a Língua Portuguesa é rica em expressões! Veja o quanto o vocabulário “alimentar” está presente nas nossas metáforas do dia a dia. Aí vai.

Pergunta:

– Alguém sabe explicar-me, num Português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão ‘no frigir dos ovos’?

Resposta:

– Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce, mas não é mole, nem sempre você tem ideias. Pra descascar esse abacaxi, só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo. Contudo, é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou, para poder vender o seu peixe. Afinal, não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e aí, vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha. São escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão. Há também aqueles que são arroz de festa que, com a faca e o queijo nas mãos, se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca e, no fim, quem paga o pato é o leitor, que sai com cara de quem comeu e não gostou. O importante é não cuspir no prato em que se come, pois, quem lê, não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente. Por outro lado, se você tiver os olhos maiores que a barriga, o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado, porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha não. O pepino é só seu e o máximo que você vai ganhar é uma banana. Afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco. A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas, quem não arrisca não petisca e depois, quando se junta a fome com a vontade de comer, as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar de vez em quando é normal. O importante é não desistir, mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa para sua sardinha, que no frigir dos ovos, a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda. Entendeu o que significa ‘no frigir dos ovos’?

(Autor desconhecido)”

 

19.04.24

Safadeza

Foureaux

maxresdefault.jpgLembrando, antes de mais, que o VOTO é que faz com que o ciclo da safadeza continue. É bom entender: o “VOTO

"VOCÊ SABE O QUE É SAFADEZA???

O título até pode ser deselegante, mas que é muito verdadeiro...

  1. SAFADEZA é comparar a pensão de um Deputado com a de uma Viúva.
  2. SAFADEZA é um Cidadão ter que contribuir ao longo de 35 anos para ter direito a receber pensão, enquanto deputados necessitam somente 1 ou 2 mandatos, conforme o caso, e alguns membros do Governo, para terem o direito de cobrar Pensão Máxima precisam unicamente do Juramento de Posse.
  3. SAFADEZA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (???) deste País que têm isenção de IR sobre 1/3 de seu salário.
  4. SAFADEZA é por, na Administração pública, milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários almejados pelos Mais Qualificados Técnicos.
  5. SAFADEZA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, situação aprovada pelos mesmos Políticos que vivem deles.
  6. SAFADEZA é que a um Político não se exija a mínima comprovação de Capacidade para exercer o Cargo (e nem estamos a nos referir à capacidade Intelectual ou Cultural). 7. SAFADEZA é o valor gasto por essa tropa de safados com alimentação, veículos Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito etc. 
  7. SAFADEZA é essa mesma corja ter direito a quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa, (mesmo que muitos se declarem não religiosos), e uns 82 dias no Verão).
  8. SAFADEZA é essa corja, quando acaba um mandato, manter 80% do Salário por mais 18 meses.
  9. SAFADEZA é ex-Ministro, ex-Secretário de Estado e outros de Altos Cargos da Política serem os únicos cidadãos deste País que podem legalmente acumular dois recebimentos do Erário Público.
  10. SAFADEZA é se permitir que usem os Meios de Comunicação Social para mentir à Sociedade sobre seus feitos e seguirem assaltando os Bolsos dos Contribuintes. Esta deveria ser uma dessas correntes que nunca poderia se romper!!! NUNCA, porque só nós podemos acabar com TUDO ISSO.”

PS: o texto não é de minha autoria, por isso, as aspas. Cortei apenas uma expressão final por excessiva...

09.04.24

Palavra

Foureaux

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Depois de um intervalo alongado, volto com uma postagem, digamos, enigmática. Há que ler com olhos de ver e pensar, inclusive em voz alta, com ouvidos de ouvir. Para bom entender, um pingo é letra!

Ameaça, substantivo feminino que tem três acepções no Houaiss: fato, ação, gesto ou palavra que intimida ou atemoriza; indício de acontecimento desfavorável ou maléfico, sinal; ato que ficou ou ainda está no princípio; intenção. A etimologia da palavra mostra que o vocábulo se origina do latim vulgar minacia do adjetivo que significa ‘iminente’ (com aglutinação do artigo).

Então, repetindo: ameaça é um substantivo feminino que identifica palavra, ato, gesto pelos quais se exprime a vontade que se tem de fazer mal a alguém; intimidação; sinal, manifestação que leva a acreditar na possibilidade de ocorrer alguma coisa, ou sinal de que algo ruim ou prejudicial pode acontecer.

Entenda quem quiser e/ou puder... e se puder e/ou quiser...

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