Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

As delícias do ócio criativo

As delícias do ócio criativo

20.01.25

Humor e inteligência: dulpa imbatível

Foureaux

OIP.jfif

Antecipando o que vai ser a série de envios de mensagens de bom dia para minha agenda de WhatsApp no ano que vem, hoje compartilho algumas frases atribuídas a Millôr Fernandes – porque a gente não pode mais ter certeza absoluta de nenhuma informação oriunda da “rede” ... infelizmente! Gosto dele, sempre gostei, desde os tempos da VEJA, quando esta revista ainda era legível, assim como na ISTOÉ. Os gloriosos tempos d’O pasquim também estão em meu background. Homem inteligente de fino e raro humor, sagaz em suas observações e destemido em suas assertivas, o jornalista agrada e desagrada a muita gente como soe acontecer. Só para dar um gostinho, seguem algumas de suas (atribuídas) pérolas.

“Se você acha que está maluco é porque não está. Mas, se você acha que todo mundo está maluco, então está.”

“Natação e Automobilismo: Tenho absoluta incapacidade de admirar um homem apenas porque ele é melhor do que o outro um centésimo de segundo.”

“O pior não é morrer. Pior é não poder espantar as moscas.”

“Inúmeros artistas contemporâneos não são artistas e, olhando bem, nem são contemporâneos.”

“A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.”

“Gastronomia é comer admirando as estrelas.”

“As pessoas que falam demais, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.”

“Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.”

“Viva o Brasil onde o ano inteiro é primeiro de abril.”

“Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.”

“Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”

“Dizem que quando o Criador criou o homem, os animais todos em volta não caíram na gargalhada apenas por uma questão de respeito.”

“Na poça da rua o vira-lata lambe a lua”

“Certas coisas só são amargas se a gente as engole.”

“Criança é esse ser infeliz que os pais põem para dormir quando ainda está cheio de animação e arrancam da cama quando ainda está estremunhado de sono. “

“Esnobar é exigir café fervendo e deixar esfriar.”

“Olha, entre um pingo e outro a chuva não molha.”

“Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.”

“A ocasião em que a inteligência do homem mais cresce, sua bondade alcança limites insuspeitados e seu carácter uma pureza inimaginável é nas primeiras 24 horas depois da sua morte.”

“É porque ninguém gosta de trabalhar que o mundo progride.”

OIP (1).jfif

 

21.10.23

Humor

Foureaux

OIP.jpegMuito tempo sem publicar nada aqui. Não vou repetir o motivo mais que sabido. Volto com a intenção de fazer algumas publicações que me vieram à cabeça no passar das últimas semanas, sobretudo, trechos de livros que tenho lido. É o que me resta... O mais é perda de tempo e bobagem. Conheci o autor do texto que segue num evento promovido pela Universidade Federal de Santa Maria, nos idos de 90 do século passado. Que decepção. Um homem tão divertido, sagaz, irônico e leve em seus textos. Contraditoriamente, sem graça, chato, metido e arrogante pessoalmente. Não sei se estava de mal humor na ocasião... o resultado do encontro foi lastimável, mas continuo admirando o texto que ele produz...

“A melhor definição de GLOBALIZAÇÃO
Pergunta: Qual é a mais correta definição de Globalização?Resposta: A Morte da Princesa Diana.Pergunta: Por quê?Resposta: Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico canadense, que usou medicamentos americanos. E isto é enviado a você por um brasileiro, usando tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, você está lendo isso em um computador genérico que usa chips feitos em Taiwan e um monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em caminhões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por chineses, através de uma conexão paraguaia. Isto é GLOBALIZAÇÃO!!! E QUEM SOU EU? Nesta altura da vida já não sei mais quem sou... Vejam só que dilema!!! Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR. Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado sou CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios sou MASSA . Em viagens TURISTA, na rua PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO e no hospital viro PACIENTE. Nos jornais sou VÍTIMA, se compro um livro LEITOR, se ouço rádio OUVINTE. Para o Ibope sou ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR. Se sou corintiano, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR) e, quando morrer... uns dirão... FINADO, outros... DEFUNTO, para outros... EXTINTO, para o povão... PRESUNTO... Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui... ARREBATADO... E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! E pensar que um dia já fui mais EU.”
Luiz Fernando Veríssimo.

14.09.22

De passagem

Foureaux

Meu professor de análise sintática era o tipo de sujeito inexistente.

Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da primeira conjugação.

Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.

Casou com uma regência.

Foi infeliz.

Era possessivo como um pronome.

E ela era bitransitiva.

Tento ir para os eua.

Não deu.

Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.

A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.

Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

 

Este texto não é meu. Vi-o como postagem, de Facebook, de um sujeito chamado Dagoberto Wagner. Não sei quem é. O autor da postagem, coloca aspas no início e no fim do texto. Entre parênteses, embaixo, está escrito Paulo Leminski. Não conheci este poeta. Vi dele algumas fotos. Li algumas linhas, mais de comentários do que dele próprio. Sei que ficou com fama de transgressor. Cá entre nós, tinha cara de quem gostava de uma birita. Fumava, se não me equivoco. O que se passa é que foi mais um desses fenômenos que o tal “mercado” gosta de enaltecer e que acaba, para o bem e para o mal, entrando na tão famigerada “série literária”. Quem cursou Letras nas décadas de 70 e 80 do século passado vai entender estas aspas. Mão vou explicá-las. Bom. Ao fim e ao cabo, copiei e digitei aqui, para não ficar muito mais de dez dias sem colocar nada neste blogue que já tem mais de década de existência e que, até hoje, continua sobrevivendo, resiliente, à sombra do oblivium... Nullam id enim ipsum...

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D

Em destaque no SAPO Blogs
pub