Impertinência
Como soe acontecer, ano novo blogue de cara nova. Mudei a configuração dos três blogues que mantenho a duras penas. Já lá se vão quase 20 anos. Já tive mais de oito blogues. resolvi reduzir para os três que mantenho: Blogger, Sapo e Wordpress. Já estou pensando em reduzir tudo a um só. O número de leitores que supostamente tenho parece não justificar a manutenção dos três. Não sei como averiguar isso e, pra ser sincero, estou me lixando. Lê quem quer. Vai-se saber o motivo. E fico feliz em saber que ainda tenho leitores...Isso mesmo: blogue, com “gue”, porque eu falo PORTUGUÊS e não assimilo muito bem esses anglicismos enfadonhos, estereotipados, rasos, chatos e sem graça. Minha chatice aumentou exponencialmente com a chegada de 2025. Já vou avisando para que depois não digam que estou insuportável, porque estou muito próximo disso. Para primeira postagem resolvi publicar um diálogo, como vai se ver. Os nomes dos interlocutores estão abreviados para salvaguardar suas identidades. Nos tempos que correm, a gente não pode “dar nome aos bois”, é quase uma heresia na mundividência de burundanga e seus aborígenes. A palavra-chave aqui – como está no título da postagem – é impertinência. No Houaiss aparece o seguinte:
“n substantivo feminino
1 qualidade do que é impertinente
2 ato, gesto ou dito de impertinente
2.1 intervenção não relacionada ao assunto tratado; despropósito
Ex.: seu aparte foi uma i.
2.2 atitude importuna; inconveniência
Ex.: a i. de alguns bajuladores
2.3 falta de respeito; insolência, incorreção
Ex.: tinha que suportar as i. do parente que o sustentava
3 mau humor; rabugice Ex.: deve-se relevar a i. das pessoas idosas
Reproduzi literalmente e não aponho sequer um comentário. deixo isso para aqueles que tiverem a paciência de fazê-lo. Vamos ao diálogo. Ele se seguiu a uma publicação de anúncio proposto por uma professora da usp que responde pelo nome de Marilena Chauí. Confesso que escrevi o nome dela com iniciais maiúsculas apenas em respeito à Língua Portuguesa...
BB: Não perco meu tempo com esta “senhora”. Tenho coisas muito mais interessantes, proveitosas e sérias a fazer!
SRT: BB, realmente deve ter algo seríssimo para fazer! Ler as obras completas do astrólogo terraplanista Olavo de Carvalho, por exemplo, o expoente máximo do “pensamento” bolsonarista!
BB: SRT, se eu fosse bolsonarista… até poderia pensar nisso, mas você se equivocou: não me rebaixo a esse tipo de chancela, típico da ausência de argumentação séria e saudável! Que papai noel seja bonzinho com você…
SRT: BB, a filosofia é para aqueles que têm tempo para pensar e apreciar o pensamento. Com certeza você é daqueles que acha que a filosofia é perfumaria, algo sem importância para a vida. E supostamente seja alguém de direita que não quer ouvir um…
BB: SRT, que raciocínio raso, raivoso e estereotipado o seu! Não há como sequer pensar em diálogo diante de seus “argumentos”. Pena que essa situação grasse por aí…
(Verifique, no dicionário, o termo “grasse” – flexão do verbo “grassar” …
SRT: BB, você nega de antemão até tomar conhecimento do que Marilena Chaui tem a dizer, num tom de desqualificação total do seu pensamento, e eu é que sou raivoso? Apenas fui crítico...
BB: SRT, não “desqualifiquei” ninguém. Leia com atenção minha primeira mensagem. Você não me conhece, portanto, não tem condições de entender meus motivos. Fui aluno “dela” por dois semestres. Não gostei “DELA”. Punto i basta!
Pensem o que quiserem...