Janeiro 29, 2024
Foureaux
Recebi o texto que segue como mensagem de WhatsApp. Não sei quem é o autor. De qualquer forma, para não perder o costume, vai entre aspas. O que me choca é que o conteúdo do texto pode ser negado, demonizado, ridicularizado, cancelado por gente cujo único argumento é que não há nada de Paulo Freire neste projeto. Como se Paulo Freire, de fato, estivesse interessado em EDUCAÇÃO. Basta ler para entender... Fica a certeza da abissal distância que se nos é imposta em relação a países adiantados de fato como o Japão. Uma distância interestelar que, acredito não verei diminuída.
É triste...
“Hoje o Japão formaliza seu NOVO SISTEMA EDUCACIONAL. O antigo sistema educacional japonês já era muito bom, mas este é tão revolucionário que treina as crianças como “Cidadãos do Mundo”, não como japoneses. Um esquema piloto revolucionário chamado “Brave Change” (Futoji no henko), baseado nos programas educacionais Erasmus, Grundtvig, Monnet, Ashoka e Comenius, está sendo testado no Japão. Trata-se de uma mudança conceitual. Eles entenderão e aceitarão culturas diferentes e seus horizontes serão globais, não nacionais, e o programa de 12 anos é baseado nesses conceitos:
Zero matérias de preenchimento, zero lição de casa. 5 matérias, que são: Aritmética comercial (as operações básicas e o uso de calculadoras financeiras), Leitura (começam com o livro de escolha de cada criança e terminam com a leitura de um livro por semana), Educação cívica (isso é entendido como respeito total à lei, valores civis, ética, respeito às regras de convivência e tolerância, altruísmo e respeito à ecologia e ao meio ambiente), Conhecimento de informática (escritório, internete, redes sociais e negócios on-line), e Idiomas (4 ou 5 alfabetos, culturas e religiões, incluindo japonês, latim, inglês, alemão, chinês e árabe; com visitas de intercâmbio social com famílias de cada país durante o verão).
Qual será o resultado desse programa?
Jovens que, aos 18 anos, falam 4 idiomas, conhecem 4 culturas e 4 alfabetos; são especialistas em usar seus computadores e telefones celulares como ferramentas de trabalho; leem 52 livros por ano, respeitam a lei, a ecologia e a convivência e conhecem a aritmética comercial e as finanças por dentro e por fora.
Nossos filhos competirão com eles! E quem são nossos filhos?
Crianças que sabem mais do que as fofocas do show business da moda, que sabem e conhecem os nomes e as vidas de artistas famosos, mas nada sobre História, Literatura ou matemática, entre outros. Crianças que só falam mais ou menos o Português, que têm uma ortografia terrível, que odeiam ler livros, que não sabem fazer contas, que são especialistas em “trapacear” durante as provas e que desrespeitam as regras aos olhos dos pais e educadores. Crianças que passam mais tempo assistindo e aprendendo as besteiras da internete, da televisão ou dos jogos e ídolos do “futebol” do que estudando ou lendo, quase sem entender o que leem e, portanto, acreditam que um jogador de futebol é superior a um cientista. Crianças que são os chamados homo-videos, porque não são socializadas adequadamente, mas são estupidificadas, zumbis. São estupidificados, zumbis do iPhone e Android, tablets, skate, Facebook, Instagram, chats; onde só falam das mesmas coisas estúpidas que listamos antes ou com jogos de computador, em um claro isolamento que conhecemos como autismo cibernético e que atenta contra a liberdade, a educação, contra sua autoestima, autonomia, contra o respeito aos pais ou aos outros, contra o meio ambiente, a solidariedade, a cultura, e promove um egoísmo alarmante deixando uma sociedade cega. Acho que temos muito trabalho a fazer.”