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As delícias do ócio criativo

As delícias do ócio criativo

30.06.23

Outro diário de viagem

Foureaux

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Hoje foi dia do reencontro com Vitor e Ana Cristina, dois queridos. Pra variar, não tirei fotos. A cada dia fico mais distraído em relação às demandas da tecnologia. Apesar disso, penso que o afeto partilhado, a experiência dos momentos e seus detalhes, prescindem de documentação fotográfica. Quem partilha isso não sente falta da imagem em papel ou no ecrã, como dizem por aqui. O exercício da partilha é, por si só, gratificante. Punto i basta. O encontro foi mais que bom, claro! Conheci mais um lugar para comer bem interessante. Gulden Draak – Casa da Cerveja, na rua Andrade Corvo, em que fica a estação Picoas do metrô lisboeta. Um luxo: a estação e o bar. A decoração é muito inventiva. O atendimento descontraído, corretíssimo, uma simpatia. Não sei dos preços – fui convidado. A cerveja filtrada quatro vezes – já não me lembro do nome – é uma de-lí-cia. O hamburguer com tempero mexicano... outro acepipe. Picante na medida certa. Carne saborosa. O tiramissu de cerveja também uma surpresa agradável ao paladar. Bom. Encontro rápido, renovação de afeto, gratificação. Queria ter uma foto para ilustrar isso. O que sinto está dito. Amanhã (possivelmente) tem mais.

 

 

29.06.23

Retorno

Foureaux

Voltar. Verbo transitivo indireto e intransitivo. Tem o sentido de: vir ou ir (de um ponto ou local) para (o ponto ou local de onde partira ou no qual antes estivera); regressar, retornar. Como transitivo indireto e bitransitivo significa restituir ou ser restituído (a quem possuía ou ao local de onde fora retirado); devolver ou ser devolvido; retornar. Em qualquer das duas “situações, para mim, é um prazer, sobretudo quando objeto e fundamento, sentido e razão do “voltar” é esta cidade encantadora que leva o nome de Lisboa. Conheço-a desde 1988, quando cá estive por primeira vez. aqui, toda vez que venho, sinto como se estivesse voltando para casa. Hoje, de novo aqui, antes de sair de casa, lembrei-me de um poema: Lisboa revisitada, 1926. Claro que tinha de ser do heterônimo Álvaro de Campos. Depois dele... digo mais nada! (Ah... a foto ilustrativa, eu tirei da internete).

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Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja –
Definidamente pelo indefinido…
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram,

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta – até essa vida…

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.

Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do Sul impossível aguardam-me náufrago;
Ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma…
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas coortes por existir, esfaceladas em Deus.

Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida…
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui…
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar,
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos, todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligadas por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Outra vez te revejo — Lisboa e Tejo e tudo —,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver…

Outra vez te revejo,
Sombra que passa através de sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir…

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim ―
Um bocado de ti e de mim!…

 

 

 

22.06.23

Letras

Foureaux

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A postagem de hoje é curta, ainda que tenha muito tempo que não compartilho nada... Vi no Instagram, na página do Jerônimo do sertão (que sumiu...!). Gostei. Desconheço a autoria.

Compartilho...

Um sábio uma vez disse:

mal tem três letras, bem, também.

ódio tem quatro letras, amor, também;

chorar tem seis letras, sorrir, também;

mentira tem sete letras, verdade, também;

negatividade tem doze letras, positividade, também;

A vida tem dois lados: escolha o melhor.

 

14.06.23

Depoimento

Foureaux

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Conheci a obra de Lúcio Cardoso no final dos anos 80 do século passado, através de José Américo de Miranda Barros, médico, que fazia mestrado em Literatura Brasileira estudando a obra do escritor mineiro. Trabalhamos juntos por um curto período na hoje Uni-BH, dando aulas de Literatura Brasileira. Ele, Marcus Vinícius de Freitas, Leopoldo Comitti e eu fazíamos parte de um grupo convidado pela Consuelo (não me lembro de seu sobrenome), com o intuito de incrementar o curso de Letras da então FAFI-BH. Durou pouco. Fiquei eu. Logo em seguida, estudei o romance Crônica da casa assassinada, parte do corpus de pesquisa de minha tese de doutoramento. Fascinado. Sobe, então, que Lúcio Cardoso também escreveu poesia. anos depois comprei o volume com os Diários do escritor. Fiquei sabendo, há pouco, que, em 2011, foi publicado pela Edusp um alentado volume com a reunião do que se pode encontrar até então – nas apalavras do organizador – da produção poética do escritor de Curvelo. Este organizador é o Ézio Macedo Ribeiro. Pois é... Para minha surpresa, meu nomezinho aparece nos agradecimentos que ele faz, quando da publicação do livro. Que surpresa! Que honra! Que alegria! No entanto, não consigo me lembrar das circunstâncias que fizeram com que eu conhecesse o Ézio e, por conseguinte, alguma coisa que eu tenha feito/falado/escrito para que merecesse o agradecimento. Tentei fazer contato com ele: mandei uma mensagem pelo Messenger. Ainda não obtive resposta. espero recebê-la. Por um breve instante... senti-me importante!

12.06.23

Dia dos namorados

Foureaux

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Dizem que hoje é Dia dos Namorados. Mundo afora comemora-se esse dia em 14 de fevereiro, dia de São Valentim. Vai sabe o porquê da diferença. De qualquer jeito, li o que segue abaixo numa publicação de Elaine dos Santos, amiga querida, ex-aluna admirada e respeitada. Gostei tanto da verve irônica que resolvi compartilhar. Pode já ser conhecido... Não há problema nisso, é mais uma postagem que faço... ah... desconheço a autoria...

Esclarecendo alguns equívocos

O amor não ilumina o seu caminho. O nome disso é poste.
O amor não é aquilo que supera barreiras. O nome disso é gol de falta.
O amor não traça o seu destino. O nome disso é GPS.
O amor não te dá forças para superar os obstáculos. O nome disso é tração nas quatro rodas.
O amor não mostra o que realmente existe dentro de você. O nome disso é endoscopia.

O amor não atrai os opostos. O nome disso é imã.
O amor não é aquilo que te deixa sem fôlego. O nome disso é asma.
O amor não é aquilo que te faz perder o foco. O nome disso é miopia.
O amor não é aquilo que te deixa maluco, te fazendo provar várias posições na cama. Isso é insônia. (PQP!)
O amor não faz os feios ficarem pessoas maravilhosas. O nome disso é dinheiro.
O amor não é o que o homem faz na cama e leva a mulher à loucura. O nome disso é esquecer a toalha molhada. (PQP)
O amor não faz a gente enlouquecer, não faz a gente dizer coisas pra depois se arrepender. O nome disso é vodka.
O amor não faz você passar horas conversando no telefone. O nome disso é promoção da Tim, Oi, Vivo ou Claro.
O amor não te dá água na boca. O nome disso é bebedouro.
Amor não é aquilo que, quando chega, você reza para que nunca tenha fim.
Isso é férias. O amor não é aquilo que entra na sua vida e muda tudo de lugar.
O nome disso é empregada nova.
O amor não é aquilo que gruda em você, mas quando vai embora arranca lágrimas. O nome disso é cera quente.

06.06.23

Parábola

Foureaux

Uma parábola mais que instigante. A sutileza e refinada mordacidade do autor dispensam qualquer comentário!

(Fonte: https://revistaoeste.com/revista/edicao-167/o-tucano-e-o-escorpiao/)

O tucano e o escorpião 

Era uma vez um tucano, com seu enorme e colorido bico, que ostentava com muito orgulho e vaidade. Ah, se tinha uma característica que definia esse tucano era a sua vaidade! Todos os dias ele olhava seu reflexo no lago antes de sair para suas atividades e pensava: “Não existe bicho mais belo do que eu nesta floresta inteira”. Mas nosso tucano era também excêntrico, e cismou que queria ter um escorpião de estimação. Seus colegas alertaram para o perigo: não é prudente ter um animal desses dentro de casa, pois tais aracnídeos são venenosos e é impossível confiar neles. Podem até parecer tranquilos e quietos durante o dia, mas na calada da noite costumam partir para o ataque. 

Uma sábia coruja ainda tentou persuadir o tucano: esses lacraus vivem há milhões de anos, são seres muito adaptáveis, resistem a quase qualquer clima, e nada disso é por acaso. Eles se adaptam, enfrentam as adversidades, e soltam seu veneno em suas vítimas quando interessa. Até canibalismo praticam, pois quando é questão de vida ou morte um escorpião não se importa de comer outro escorpião. 

Os escorpiões conseguem comer quantidades imensas de alimento, mas conseguem sobreviver com 10% da comida de que necessitam, podendo passar até um ano sem comer e consumindo pouquíssima água, quase nada durante sua vida inteira. São, enfim, sobreviventes, e isso configura uma ameaça a todas as presas em potencial. Por que o tucano estava tão seguro de que seria poupado? 

O tucano, muito gentil e educado, agradeceu pelos conselhos da velha coruja, mas nada o fazia tirar essa ideia maluca da cabeça: ele teria um escorpião em casa, pois achava o bicho encantador. Saiu em busca de um bem ameaçador, com aquele ferrão erguido no final da cauda pronto para abater a vítima. Ao encontrar um, pegou-o com o bico com carinho e o levou para sua casa na árvore. 

O escorpião, para a surpresa dos colegas do tucano, comportou-se como um animal civilizado, sem nenhuma tentativa de aplicar seu veneno à ave que o adotara. Um ano se passou, e ambos — tucano e escorpião — conviviam de forma amigável. Mas o escorpião começou a ferrar colegas do tucano, o que incomodou a ave bicuda, mas não a ponto de abandonar seu bichinho de estimação. 

Com o passar dos anos, contudo, o escorpião já tinha destruído todo o entorno do tucano, espalhando seu veneno, paralisando outros bichos da floresta, comendo sua carne. O grau da destruição causada pelo escorpião foi tanto que o tucano optou por expulsar o aracnídeo do local. Ele estava convencido, finalmente, do perigo do bicho, e se deu conta de que, se nada fosse feito, seria sua próxima vítima. Agiu com certa tristeza, é verdade, mas se livrou do escorpião. 

Como novo bicho de estimação, acabou arrumando um cavalo arredio. Ele dava coices para o ar, era um tanto bronco, mas não oferecia ameaça real ao tucano ou seus colegas. Ao contrário: o cavalo passou a trabalhar pesado, servia para levar cargas, como força motora para proteger o tucano de inimigos. Mas o cavalo não tinha nenhum refinamento, e como isso incomodava o nobre tucano! Era insuportável para a ave vaidosa ver todos os dias aquele cavalo sem nenhuma compostura, dando coices no ar. Aquele cavalo era selvagem demais, não dava para domesticá-lo como o tucano pretendia. 

O tucano, então, tomou sua decisão: o cavalo seria eliminado e ele traria o escorpião de volta. Como o cavalo já havia tido cria, era preciso prender tanto ele como os potros, para que ficassem longe da vista do tucano. A ave bicuda convocou um pit bull para fazer o trabalho sujo. O cão correu atrás do cavalo e seus filhos com enorme satisfação, com baba escorrendo pela boca, até que todos estivessem devidamente trancafiados e bem longe do tucano. Ele chegou a redigir uma carta alegando que era preciso ter o escorpião de volta em sua vida para salvar sua alegria. Mas a alegria durou pouco. Livre do incômodo equino, o tucano partiu em busca do escorpião e o trouxe de volta para casa, para desespero da coruja. Espantada, ela perguntou se a ave nada tinha aprendido com a experiência recente. Mas o tucano era insistente, tinha além do bico a cabeça bem dura, e estava convencido de que dessa vez daria certo, de que o escorpião tinha aprendido sua lição e voltaria dócil, manso e amigável. “O amor venceu”, disse o tucano a uma incrédula coruja. Porém, isso não passava de uma ilusão do tucano. Ele chegou a redigir uma carta alegando que era preciso ter o escorpião de volta em sua vida para salvar sua alegria. Mas a alegria durou pouco. Em alguns meses, o escorpião já tinha ferrado vários amigos do tucano, que se mostrava assustado com aquele ferrão poderoso. “Estou com medo”, revelou o tucano a um companheiro. Mas era tarde demais. 

Em determinada noite, o escorpião saiu de seu esconderijo numa casca de árvore e meteu seu ferrão no próprio tucano. Agonizando de dor, enquanto o veneno corroía seus órgãos, o tucano ainda balbuciou: “Se ao menos eu tivesse sido mais simpático com o escorpião, tudo poderia ter sido diferente…”

05.06.23

Estereótipo divertido

Foureaux

Recebi no whatsapp e gostei. É bom rir de bobagens saudáveis... Desconheço a autoria.

𝐀𝐎𝐒 𝐕𝐄𝐋𝐇𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐒𝐄𝐌 𝐉𝐔Í𝐙𝐎

𝐐𝐮𝐞𝐫𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐭𝐞𝐧𝐡𝐚 𝐣𝐮í𝐳𝐨? 

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐢𝐬𝐬𝐨 é 𝐩𝐨𝐬𝐬í𝐯𝐞𝐥??

𝐃𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐩𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐨𝐬 𝐯𝐢𝐦𝐨𝐬 𝐨 𝐓𝐚𝐫𝐳𝐚𝐧 𝐚𝐧𝐝𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐧𝐮. 

𝐀 𝐂𝐢𝐧𝐝𝐞𝐫𝐞𝐥𝐚, 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚𝐯𝐚 𝐦𝐞𝐢𝐚 𝐧𝐨𝐢𝐭𝐞. 

𝐎 𝐏𝐢𝐧ó𝐪𝐮𝐢𝐨 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐢𝐚 𝐩𝐫𝐚 𝐜𝐚𝐫𝐚𝐦𝐛𝐚. 

𝐎 𝐀𝐥𝐚𝐝𝐢𝐦 𝐞𝐫𝐚 𝐥𝐚𝐝𝐫ã𝐨. 

𝐎 𝐁𝐚𝐭𝐦𝐚𝐧 𝐝𝐢𝐫𝐢𝐠𝐢𝐚 𝐚 320𝐤𝐦/𝐡. 

𝐀 𝐁𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐝𝐞 𝐍𝐞𝐯𝐞 𝐦𝐨𝐫𝐚𝐯𝐚 𝐜𝐨𝐦 7 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐧𝐬.

𝐏𝐨𝐩𝐞𝐲𝐞 𝐟𝐮𝐦𝐚𝐯𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐞𝐫𝐯𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐚 𝐞 𝐟𝐢𝐜𝐚𝐯𝐚 𝐥𝐨𝐮𝐜ã𝐨! 

𝐎 𝐂𝐚𝐬𝐜ã𝐨 𝐧ã𝐨 𝐭𝐨𝐦𝐚𝐯𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐡𝐨.

𝐂𝐞𝐛𝐨𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐟𝐚𝐥𝐚𝐯𝐚 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐞𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨.

𝐀 𝐌ô𝐧𝐢𝐜𝐚 𝐛𝐚𝐢𝐱𝐚𝐯𝐚 𝐨 𝐩𝐚𝐮 𝐧𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐧𝐢𝐧𝐨𝐬.

𝐀 𝐌𝐚𝐠𝐚𝐥𝐢 𝐞𝐫𝐚 𝐠𝐮𝐥𝐨𝐬𝐚. 

𝐎 𝐌𝐢𝐜𝐤𝐞𝐲 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐌𝐢𝐧𝐢𝐞. 

𝐎 𝐏𝐚𝐭𝐨 𝐃𝐨𝐧𝐚𝐥𝐝 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐧ã𝐨 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐌𝐚𝐫𝐠𝐚𝐫𝐢𝐝𝐚, 𝐧ã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐚𝐯𝐚 𝐞 𝐨𝐬 𝐭𝐫𝐞̂𝐬 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞𝐟𝐚𝐥𝐭𝐚𝐯𝐚𝐦 às 𝐚𝐮𝐥𝐚𝐬.

𝐓𝐢𝐨 𝐏𝐚𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚𝐬 𝐞𝐫𝐚 𝐩ã𝐨 𝐝𝐮𝐫𝐨.  

𝐎 𝐆𝐚𝐬𝐭ã𝐨 𝐯𝐢𝐯𝐢𝐚 𝐝𝐚 𝐬𝐨𝐫𝐭𝐞. 

𝐃𝐢𝐜𝐤 𝐯𝐢𝐠𝐚𝐫𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐯𝐢𝐯𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐜𝐚𝐭𝐫𝐮𝐚𝐬. 

𝐄𝐬𝐬𝐞𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐨𝐬 𝐞𝐱𝐞𝐦𝐩𝐥𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐯𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐩𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐨𝐬... 𝐄 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞𝐫𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐞𝐧𝐡𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐣𝐮𝐢íz𝐨???

𝐌𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐭𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐨𝐬 𝐯𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐦 𝐣𝐮í𝐳𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐯o𝐜ê 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐞.

𝐏𝐫𝐚 𝐦𝐢𝐦, 𝐯𝐞𝐢𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐞𝐧𝐠𝐚𝐧𝐨. 𝐑𝐬𝐫𝐬𝐫𝐬...

𝐌𝐚𝐬 𝐟𝐚ço 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞.

𝐀𝐠𝐨𝐫𝐚 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐣á 𝐞𝐬𝐭á 𝐧𝐚 𝐛𝐫𝐢𝐧𝐜𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚.

01.06.23

Idiossincrasia

Foureaux

Definitivamente, não gosto de domingo. É o dia mais bobo da semana. Sempre. Quando trabalhava, o domingo era a certeza de que no dia seguinte tudo ia se repetir, do mesmo jeito, no mesmo ritmo. as mesmas chatices e manhas. Os mesmos dissabores e arrependimentos. A mesma canseira. Tudo igual. Pior era quando as aulas começavam às sete e meia da manhã. Teoricamente apenas. apenas nos primeiros anos, na segunda universidade em que trabalhei, os alunos chegavam no horário. Talvez por conta da “novidade”: professor novo “na casa”. Ai como essa expressão me incomodava! Lá no Sul era diferente. As aulas eram “corridas”. Todas no mesmo dia. Não tinha esse negócio de duas aulinhas hoje e duas na depois de amanhã. Horário corrido: mais inteligente, mas eficaz, mais rentável. Hoje isso não “cola”. A geração floco de neve não aguenta. O professorado, infelizmente, em boa parte dele, não tem condições de manter o ritmo necessário. Outros tempos. Isso se deve, por evidente, à minha chatice. A ela também s deve a observação de coisas corriqueiras às quais quase não se dá atenção. Por exemplo: por que a maioria das pessoas que anda pelas ruas não caminha no meio fio, mas na pista de rolamento do tráfego? Ou por outras: por que as pessoas preferem atravessar uma rua ou avenida pela pista, sem sinalização para tanto, bem embaixo de uma passarela para pedestres? Outra coisa que observei mais recentemente tem a ver com velórios. Assunto desagradável, triste, pesado, mas vá lá... É “moda” agora velório curto. Dependendo a empresa que administra o “campo”, há sempre um violinista tocando no jardim que entra para as salas de velório na hora de sair o féretro (popularmente conhecida como a hora de fechar o caixão). No entanto, o mais esdrúxulo é a quantidade de comida e bebida que fica disponível na “sala de descanso” da mesma sala de velório. Se o velório é curto, para quê a quantidade enorme de comida? E outra: as pessoas vão a velório pra comer e tomar café? Penso que não se trata de um ambiente para socialização, no sentido mais estrito do termo e da prática. Mas... De novo, a minha chatice. E há otras cositas. Gente que ocupa duas vagas de estacionamento no meio fio, quando poderia, muito bem, com pouco esforço, mas alguma inteligência, ocupar apenas uma. Gente que entra no supermercado pela passagem dos caixas de pagamento: será que elas não sabem que existe uma “entrada” propriamente dita? Por falar em supermercado, por que há tantos caixas se apenas dois ou três funcionam, mesmo nos horários de grande movimento. Há sempre uma quantidade considerável de “funcionários” – em seus mais variados estatutos na empresa – conversando, andando de lá para cá, fazendo nada... Pois é... faço jus ao epíteto que eu mesmo me dei: chato.

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